GSK firma parceria no Brasil para investir em pesquisas
Veículo: Valor Econômico
Jornalista: Mônica Scaramuzzo
A farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK) oficializa hoje em São Paulo seu programa de apoio a pesquisas no Brasil voltadas para a descoberta de novos medicamentos e vacinas para o controle de doenças consideradas prioritárias pelo governo brasileiro. O acordo de cooperação científica da GSK será em parceria com o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Esse acordo faz parte de um projeto global da GSK, o "Trust in Science", voltado para os países da América Latina. As parcerias preveem investimentos compartilhados. Ou seja, a GSK vai investir o mesmo que as instituições de pesquisas aplicarem até o teto de R$ 3 milhões. Os recursos serão liberados à medida que as pesquisas avancem e tragam resultados.
O Brasil encabeçará o programa, afirmou ao Valor Isro Gloger, diretor de mercados emergentes da GSK, e coordenador desse projeto global. Na Argentina já foi assinada uma carta de intenções para dar andamentos a esse programa, mas o Brasil ganhou maior prioridade.
"O programa pretende estabelecer uma cooperação de longo prazo na área de saúde com instituições locais, com foco em grupos de doenças infecciosas, metabólicas [como diabetes] e respiratórias [como asma]", disse Gloger. Além disso, o programa destinará bolsas de estudo à formação de pesquisadores e inclui a possibilidade de intercâmbio de pesquisadores das instituições brasileiras e da GSK. "O Brasil tem um quadro de cientistas excelente", afirmou o executivo. Gloger acredita que os primeiros resultados não deverão demorar a sair. "Entre dois e três anos poderemos obter os primeiros retornos."
O primeiro acordo firmado dentro da iniciativa do "Trust in Science" pela GSK foi no ano passado com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A GSK e a instituição fecharam uma parceria de cooperação para pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento de doenças tropicais negligenciadas.
Neste ano, a farmacêutica britânica também fechou parceria com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) para a realização de cursos e pesquisas para o desenvolvimento de novos tratamentos e medicamentos na área de oncologia. A meta é que, no longo prazo, o instituto possa não só fazer mais pesquisas clínicas em parceria com a GSK, como também desenvolver novas moléculas em colaboração, tornando-se uma referência em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. O acordo prevê que médicos e pesquisadores do Inca e da GSK compartilhem conhecimentos na área de oncologia, contribuindo para a formação de profissionais brasileiros dentro do próprio país.
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