Maior investimento em pesquisa cria centros de excelência no país



Veículo: Brasil Econômico

Jornalista: Aristeu Moreira

Investimentos em pesquisas e equipamentos elevaram centros médicos do Brasil como os hospitais Sírio-Libanês e Israelita Albert Einstein de São Paulo (HIAE), mais a rede Fleury Medicina e Saúde ao patamar dos mais eficientes e avançados tecnologicamente em centros de medicina mundiais.

Em evidência nas últimas semanas por tratar o ex-presidente Lula e o ator Reynaldo Gianecchini, o Sírio dispõe hoje do mais moderno e bem equipado Centro de Diagnóstico do Brasil. “A área em que nos descolamos à frente dos demais hospitais, tanto em diagnóstico quanto na assistência aos pacientes, é a de radioterapia para tratamento de tumores”, afirma Gonzalo Vecina Neto, diretor do Sírio.

Papas da medicina universal nas mais diversas áreas, que visitam a instituição são unânimes em situá-la no mesmo patamar dos mais avançados centros médicos mundiais. “Estamos tão bem equipados quanto os grandes centros europeus e americanos”, garante Vecina.

Um dos pontos que distinguem o Sírio é que ele dispõe em seu Centro de Diagnóstico de um sistema que permite obter imagens milimétricas de tumores. Para tanto são usadas duas metodologias: a Imagem Guiada de Radioterapia (IGR), que emprega software para calcular e delimitar a área do tumor; e a Imagem Modularizada de Radioterapia (IMRT) utilizada na detecção e tratamento de tumores em órgãos que se movem.

Por métodos tradicionais, os médicos precisam delimitar áreas muito maiores do organismo. Por estes são delimitadas milimetricamente áreas menores reduzindo a exposição do paciente que sofrerá radiação — uma preocupação mundial da medicina, já que ela pode gerar novos tumores.

Também o Einstein trouxe para o país o primeiro tomógrafo, multidetectores Aquilion One, utilizado nos principais hospitais do mundo, que reduz o tempo de exames e produz menos radiação. “Nos equipamentos de tomografia atuais, em cada rotação do tubo de raios X obtínhamos 64 imagens do órgão. Com o novo tomógrafo, em uma única rotação a aquisição é de 320 imagens, sendo possível cobrir, por exemplo, toda a área do coração”, explica Fernando Kay, radiologista do Departamento de Imagem da Medicina Diagnóstica do Einstein.

A Hematologia do Albert Einstein conta, ainda, com o Centro Oncológico para tratamento dos pacientes com linfomas, leucemias e mielomas. O hospital dispõe, também, de uma nova ala para transplante de células-tronco — o mais caro e complexo dentre todos os transplantes, informa o hospital. E em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu uma modalidade pioneira de transplantes em esclerose múltipla, lupus e outras doenças, com bons resultados em 70% dos casos.

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