Mais 12 patentes de medicamentos vencem no ano que vem
O inferno astral das maiores farmacêuticas do mundo, às voltas com o vencimento das patentes de seus medicamentos, continua. O último balanço da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos) revela que, em 2012, mais doze fórmulas cairão no domínio público; e outras onze estão previstas para 2013. Mas as empresas não abandonam as patentes sem luta: para manter a exclusividade, a praxe é recorrer à Justiça e pedir prorrogação.
Na lista compilada pela Pró-Genéricos para 2012 estão medicamentos importantes e de preços elevados para câncer de mama e colo-retal, como o Xeloda (Capecitabina) da Roche e o Glivec (Imatinibe) da Novartis, para leucemia; além do Geodon, utilizado para distúrbios psicológicos, da Pfizer. Os três medicamentos foram objeto de ação judicial visando prorrogação da patente no Brasil, mas os recursos se esgotaram. Com isso, candidatam-se ao mercado de produtos sem marca que o mercado estima que deve crescer R$ 800 milhões entre 2010 e 2012.
Refletindo essa tendência, as projeções indicam que em 2015 o Brasil deve se tornar o terceiro maior mercado de medicamentos genéricos do mundo, atrás dos Estados Unidos e da China. Atualmente, o setor movimenta 21,3% do volume total de remédios e 17% em valor, ou US$ 3,2 bilhões.
As vendas registraram crescimento de 32% em 2010, ano em que o mercado de genéricos faturou R$ 6,2 bilhões; e tudo indica que até o fim de 2011 essa taxa será superada. “O importante nesse número é que o aumento é orgânico, estamos crescendo há quatro anos sem parar”, diz Odnir Finotti, presidente da Pró-Genéricos. “Para o ano que vem, nossa expectativa é manter o mesmo crescimento.”
Uma parte desse avanço tem a ver com o prazo de expiração das patentes. A participação das multinacionais no mercado de genéricos triplicou desde 2009. Contou para essa mudança a entrada no mercado da francesa Sanofi-Aventis com a compra da Medley em 2009 e da americana Pfizer, que adquiriu 40% do laboratório Teuto no ano passado. A suíça Novartis, já atua nos genéricos por meio da Sandoz.
Fonte: Brasil Econômico
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