Novartis amplia pesquisa na área de oncologia no país
Aproveitando o crescimento do Brasil em termos de pesquisa e desenvolvimento na área farmacêutica, a suíça Novartis está aumentando os investimentos nos estudos em oncologia no país. Dentro do cenário global de subsidiárias da multinacional, o país passou a compor a liderança em pesquisas de medicamentos de ponta.
Segundo afirmou ao Valor o presidente mundial da Novartis Oncologia, Herve Hoppenot, nos últimos três anos os investimentos em P&D no país cresceram 46%, sendo que em 2011 esse valor atingiu R$ 39,1 milhões. "O Brasil está em uma nova posição para a Novartis. Ele será parte da comunidade científica top do mundo", enfatizou o executivo.
A subsidiária brasileira, que está na oitava posição nas vendas do grupo, tem 54 estudos clínicos sendo realizados na área de oncologia, uma das grandes apostas da suíça. Hoje, os medicamentos contra o câncer representam 20% das vendas globais da Novartis.
"Antes, se faltavam pesquisadores onde estavam sendo desenvolvidos os estudos, a empresa vinha buscar aqui. Hoje, participamos ativamente desde o início, nas fases complexas das pesquisas", disse a gerente-geral de oncologia no Brasil, Yara Baxter. Um dos estudos que tem colocado o país em destaque é o tratamento do câncer no colo do útero, uma necessidade específica do mercado brasileiro.
O projeto faz parte de uma nova estratégia global em pesquisa do grupo, que passou a realizar diversos estudos paralelos com uma mesma molécula, para encontrar múltiplas aplicações em oncologia. "Percebemos que o que importa não é onde o câncer está, mas como ele é", explicou Hoppenot. A molécula everolimos foi a primeira na qual essa metodologia foi aplicada. O medicamento Afinitor está aprovado para o tratamento de câncer renal, entre outras doenças, mas a empresa está estudando dez novas aplicações para ele, como câncer de mama e gástrico. Em 2010, a multinacional investiu US$ 9,1 bilhões em P&D globalmente, 16% da receita do grupo.
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