Anvisa vai reavaliar resolução sobre a venda de MIPs
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) colocará em discussão a resolução da diretoria colegiada, em vigor desde 2009, que proibiu a venda de medicamentos que não necessitam de prescrição médica fora do balcão – a RDC 44. Na reunião, fechada ao público, será apresentada aos diretores um estudo realizado pela Anvisa sobre as consequências da medida. O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, informou que os dados preliminares desse estudo indicaram não ter havido “resultado conclusivo” em relação à redução dos riscos ao consumidor envolvendo esses remédios. A Resolução 44/2009 resultou em “uma concentração do mercado, que antes costumava ser bem descentralizado”. Barbano explicou que, com a medida, os remédios mais caros aumentaram sua participação no total de vendas, o que é um movimento “curioso”. A decisão final sobre o assunto deve sair “nas próximas semanas”, disse. O vice-presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, fez a mesma análise. “Pelo nosso levantamento, não houve queda na venda, mas mudança no mix de produtos”, disse. “Empresas que tinham ações visando o balconista dos comércios, tiveram aumento nas vendas, já que a resolução criou um intermediário entre o consumidor e o produto”. O advogado do Sincofarma-SP, Renato Tomarozzi, está confiante em uma possível mudança de posição da agência. “Acreditamos que a Anvisa vai mudar a resolução, até porque não é a mesma direção de quando a medida foi tomada.”
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