Unilever e P&G unem forças pelo uso sustentável de bioplásticos






Duas das maiores empresas de bens de consumo do mundo, a anglo-holandesa Unilever e a norte-americana Procter & Gamble uniram forças com seis outras grandes empresas em aliança pelo uso sustentável de bioplásticos. Juntamente com as companhias do setor de alimentos Coca-Cola, Danone, Heinz e Nestlé, além da montadora Ford e da fabricante de artigos esportivos Nike, as duas empresas vão trabalhar com o World Wildlife Fund para incentivar o desenvolvimento de matérias-primas a serem usadas para o desenvolvimento de bioplástico por intermédio da associação Bioplastic Feedstock Alliance (BFA).
De acordo com a agência de notícias IPS, o objetivo é ajudar a desenvolver plásticos sustentáveis de gêneros alimentícios sem prejudicar a produção de culturas para a alimentação como cana-de-açúcar e milho.
Várias das empresas envolvidas, incluindo a Unilever e P&G, já estão destinando recursos corporativos para a organização Plant PET Technology, que tem como função desenvolver bioplásticos mais sustentáveis e que não “disputem” com o setor de alimentação. "O foco principal do BFA será em orientar a seleção responsável das matérias-primas, tais como cana-de-açúcar, milho, junco e gramíneas - usados para fazer plásticos a partir de materiais agrícolas, " diz comunicado da associação.
O BFA afirma que consumidores de todo o mundo estão se tornando cada vez mais conscientes das questões de sustentabilidade e abertos à ideia de plásticos renováveis. O grande diferencial dos bioplásticos está no fato de este ser fabricado com matérias-primas renováveis, ao contrário dos petro-plásticos, cuja base - o petróleo - é de formação geológica, não-renovável.
Além disso, esta forma de embalagem também tem recebido atenção por ser potencialmente biodegradável. A maioria dos plásticos produzidos com materiais naturais é decomposta rapidamente por micro-organismos em ambientes naturais.
Erin Simon, gerente do setor de embalagens e materiais da WWF, afirma: "Esta aliança irá percorrer um longo caminho para garantir a gestão responsável dos recursos naturais utilizados para atender à crescente demanda por bioplásticos. E é fundamental essa gestão quando se pensa nas próximas gerações e no crescimento rápido da população, que deverá acontecer até 2050”.



Fonte: Cosmética News

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