Infartos crescem 30% em Copas do Mundo



As fortes emoções aliadas a outros fatores de risco são uma combinação perigosa para a saúde
Durante os jogos, é preciso torcer, mas também cuidar do coração. Foi o que mostrou um estudo baseado em dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e publicado na Revista Arquivos Brasileiros de Cardiologia, que identificou um aumento de 30% dos infartos comparado com dias normais.
Um estudo realizado pelo Cardiovasular Events During World Cup Soccer (realizado na Copa do Mundo na Alemanha) também identificou um risco de infarto 3,26 vezes maior durante os jogos do Mundial. E nesse teste do coração, as mulheres ganham de goleada. Das vítimas, 71,5% eram homens.
No final dos anos 70, o narrador Galvão Bueno criou o bordão “Haaaaja coração”, numa referência ao mal estar que os jogos da seleção brasileira criava nos torcedores. De acordo com o cardiologista do Grupo Sabin, Anderson Rodrigues, as fortes emoções aliadas a outros fatores de risco como a hipertensão, diabetes, dislipidemia (colesterol alto), tabagismo, histórico familiar, obesidade e sobrepeso são uma combinação perigosa para a saúde, ampliando o risco de infartos e derrames-acidente vascular cerebral (avc).
“Geralmente, as pessoas acreditam que sejam saudáveis, mas como não dá apenas para ficar nessa torcida, é fundamental estar com os exames periódicos em dia”, sugere . Para Anderson, torcer entre familiares e amigos é um bom fator de proteção porque confere conforto e tranquilidade os corações torcedores. “Se a pessoa perceber que está sentindo incômodo, a sugestão é sair um pouco de frente da televisão, respirar um ar fresco, tomar uma água para descontrair”, sugere o cardiologista.  


Fonte: Correio da Bahia – BA / Foto: Shutterstock

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