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Mostrando postagens de outubro, 2013

Hélio Schwartsman: Vacina na marra

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Penso que a homeopatia não passa de um placebo e não creio que pais tenham o direito moral de negar vacinas a seus filhos. As duas medidas que mais contribuíram para derrubar os índices de mortalidade infantil da faixa de 200 por mil nascimentos com vida em 1900 para a de menos de 20 por mil hoje são saneamento básico e imunizações. Vejo com desconfiança, porém, a decisão da Justiça de obrigar os pais homeopatas de duas crianças de Jacareí (SP) a vaciná-las. A liminar determina que os garotos sejam imunizados imediatamente, sob pena de multa diária (até aí, tudo bem) e, na hipótese de a recusa persistir, mediante mandado de busca e apreensão. Isso significa que eles poderão ser retirados de seus guardiães com recurso à força policial, processo algo traumático que me parece claramente um caso de remédio pior que a doença. Ora, mesmo as mais exitosas campanhas de imunização ficam muito aquém de atingir a totalidade da população. E o Estado não sai implacavelmente à caça d

Sistema Único de Saúde

Em 25 anos de história, completados em outubro deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) está longe de observar os princípios que orientaram sua criação e seu funcionamento, conforme foi estabelecido na Constituição de 1988: ser universal, integral e igual. Especialistas em saúde pública reconhecem limitações nas áreas de atendimento, gestão, financiamento e participação social, mas consideram o SUS o melhor modelo de saúde pública para o país. Para que um SUS melhor seja realidade, porém, recomendam mudanças, a começar pelas que aumentem a capacidade de investimento do sistema. Para fazer o balanço do primeiro quarto de século de existência do SUS, o Valor realizou um debate entre o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, superintendente do Hospital Sírio-Libanês, o diretor-presidente do Instituto Performa, Bernard Couttolenc, e o professor Mário César Scheffer, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. "O maior

Estudo aponta que os impostos são cerca de 34% do preço dos medicamentos

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O Brasil é o campeão de impostos sobre medicamentos humanos. As alíquotas de tributos já chegam a 34%, considerando os impostos sobre consumo, lucro e folha de salário. Comparando com dados de outros países, como Estados Unidos, França e Japão, referentes a 2011, o Brasil é o campeão, segundo apontou o estudo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), com dados da Federação Européia das Indústrias Farmacêuticas e Associações. Ainda, segundo a entidade, atualmente cerca de 70% dos medicamentos consumidos pelos brasileiros são pagos do próprio bolso. De acordo com o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), os impostos sobre medicamentos são 33,87% do valor total do produto. Segundo o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, a taxa é muito alta, considerando que os remédios são itens básicos para os brasileiros. “É imprescindível que não haja o valor dessa tributação, já que está previsto na própria constituição que a saúde é um direito fun

Indústria crescerá 10% com novos medicamentos genéricos em 2014

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  Dez novos medicamentos de referência devem ter suas patentes vencidas até o final deste ano, aponta levantamento da PróGenéricos (associação das indústrias de medicamentos genéricos). Esses produtos movimentaram uma receita de cerca de R$ 760 milhões nos últimos 12 meses no varejo farmacêutico brasileiro. A lista é a de maior vulto dos últimos cinco anos, segundo a entidade. Com o vencimento das patentes, a expectativa do setor é de, pelo menos, dobrar o consumo dos remédios, o que representará uma receita de cerca de R$ 1 bilhão e uma expansão de 10% da indústria de genéricos. Entre as moléculas que podem ganhar versões genéricas estão a tadalafila, presente no fármaco Cialis, do laboratório americano Eli Lilly. O produto, utilizado para o tratamento de disfunção erétil, custa, em média, R$ 326 (a caixa com 28 comprimidos de cinco miligramas), segundo a PróGenéricos. A versão genérica poderá custar até R$ 212,27. O Cialis respondeu sozinho pelo faturamento de aproximadam