Melhores & Maiores: As vendas dobram a cada três anos
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Veículo: Exame
Jornalista: Yuri Vasconcelos
EMS teve, nos últimos anos, um crescimento espantoso. Seu faturamento cresceu 162% entre 2006 e 2011. Fazendo as contas, chega-se à conclusão de que suas vendas dobram a cada três anos, em média. Fundada pelo farmacêutico Emiliano Sanchez, a EMS — assim como outros grupos nacionais — decolou junto com o mercado nacional de genéricos, que nasceu há pouco mais de uma década. Carlos, filho de Emiliano, assumiu a empresa aos 26 anos, no auge do descontrole de preços e da crise econômica dos anos 80. A EMS, então, estava à beira do abismo. Sanchez sobreviveu à turbulência inicial e construiu um grupo com quatro unidades independentes — EMS, Ger-med, Legrand e Nova Química. Em 2011, essa expansão fez da EMS a empresa do ano no setor farmacêutico, um dos mais competitivos do país. As vendas da companhia cresceram 26% no ano passado. Apenas uma empresa cresceu mais: o laboratório goiano Teuto, que se tornou sócio da americana Pfizer em 2010. A diferença entre os dois? A margem de lucro da EMS, de 23%, é mais de duas vezes maior que a da rival Teuto.
Em 2011, a EMS vendeu quase 300 milhões de unidades de medicamentos. No primeiro trimestre deste ano, era a segunda maior fabricante de genéricos do país (com 23% do mercado), atrás da Medley (dona de 30% das vendas), que pertence à francesa Sanofi-Aventis. A estrela da companhia tem sido a Germed, empresa criada em 2002 como marca de "segunda linha" da EMS. Logo a Germed se tornaria a marca de genéricos que mais cresce no Brasil.
Para manter a trajetória de crescimento dos últimos anos, a EMS iniciou em 2011 o maior plano de expansão de sua história — estimado em 600 milhões de reais. O objetivo é levar a capacidade de produção da empresa a 1 bilhão de unidades ao fim de dois anos. Nessa nova fase, Sanchez pretende dar outra cara à EMS, naturalmente conhecida até hoje por sua força no mercado de genéricos. Apesar do crescimento desse nicho se manter na casa dos 30% ao ano, o empresário está diversificando a área de atuação da empresa. Uma nova fábrica, em Brasília, será destinada à produção de medicamentos para tratamento do câncer. Outra, em Jaguariúna, no interior de São Paulo, produzirá suplementos alimentares. Além disso, a EMS participa de uma recém-criada joint venture, a BioNovis — empresa que tem como demais sócios Aché, União Química e Hypermarcas e que nasce para desenvolver medicamentos biotecnológicos. O investimento total feito pelas quatro empresas chegará a 500 milhões de reais pelos próximos cinco anos. "Queremos ser uma referência global nesse mercado", afirma Sanchez.
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